MINISTÉRIO DINAMUS - PR.WALLACE DOUGLAS E PRA. HELLEN MUNIZ
REFLEXÃO DE CÉLULA N.o 05 – TUDO NOVO DE NOVO
TUDO NOVO DE NOVO - DA VELHA ALIANÇA PARA A NOVA ALIANÇA (PARTE 1)
Leitura Bíblica: Hebreus 8:6-13
I – INTRODUÇÃO
Quando olhamos para a Velha Aliança de maneira ampla, podemos nos perder em muitos detalhes. Mas quando nos detemos em sua análise percebemos que existem princípios, ou pontos especiais em que a velha aliança se fundamenta e que nos remetem à nova aliança.
Mas a Palavra de Deus nos mostra que havia defeitos, por isso o Senhor promete uma nova aliança. O objetivo do Senhor é trabalhar de maneira mais profunda em nosso ser, por isso precisamos entender como mergulhar no novo. É um momento especial para a Igreja e o Senhor nos chama para a mudança.
II – DESENVOLVIMENTO
Para que haja a transicão da Velha Aliança para a Nova Aliança precisamos entender quais são os fundamentos da Velha Aliança:
1 - O Templo (Mt 12:3-6)
O templo determinava o lugar de adoração na velha aliança. O templo era o local onde a Arca da Aliança estava colocada, no santo dos santos. A Arca simbolizava a presença do próprio Deus vivo. Deus não estava expandido, a vida do Senhor ainda não tinha sido liberada na cruz do calvário.
Se alguém queria o favor de Deus precisava ir ao templo. Se eles queriam a presença de Deus em uma batalha, precisavam ir ao templo. Com exceção de algumas pessoas, não havia a habitação interior do Espírito, pois a presença de Deus estava em um templo físico.
Mas com a liberação da vida do Senhor Jesus na cruz do calvário, o templo somos nós. Somos a habitação do Deus vivo, por mais complexo que isto possa parecer às nossas mentes. Por isso podemos bradar como o salmista: se subo aos céus lá estás, se desço ao mais profundo abismo, lá estás também.
2 - A Lei (Ezequiel 36:24-28)
A Lei marca o padrão de comportamento na velha aliança. Era um padrão externo, rígido, que expressava a vontade de Deus para a nação. A Lei não partia de uma convicção interna, não partia de um coração compungido, quebrantado, mas de critérios externos.
Embora a Lei fosse perfeita, ela não podia transformar aqueles aos quais ela se dirigia, pois não havia uma transformação interna. E de tal forma ela se entranhou naqueles corações que passou a ser não somente uma observância das ordens de Deus, mas um sistema organizado.
Mas a Nova Aliança veio para mostrar que a lei foi nos dada para levar-nos a Cristo e não nos fazer apegados à sua letra. A centralidade da Nova Aliança é “...Cristo em vós; a esperança da glória”. Agora Cristo marca em nossos corações a Sua vontade. Não é um código externo, mas interno.
O homem é tendente a andar pelo caminho do “pode” ou “não pode” da lei, mas a Nova Aliança nos dá a profundidade de que é a vida de Deus em nós e não o conhecimento do bem e do mal.
3 - O Sacerdócio (II Pe 2:9-10)
O sacerdócio era para assuntos espirituais, pois na Velha Aliança somente os levitas poderiam exercer ofício no templo e somente a descendência de Arão poderia oficiar no sacerdócio. Falar com Deus era um assunto exclusivo dos sacerdotes levitas.
Todo ano o sumo-sacerdote teria que entrar no santo dos santos para buscar o favor de Deus para si e para toda a nação. Mas o apóstolo Pedro nos diz que na Nova Aliança todos somos sacerdotes, somos uma nação sacerdotal. A condição para se falar com Deus está em que o Espírito Santo habita em mim. Na nova Aliança não precisamos de mediadores.
Não podemos viver na Nova Aliança como se estivéssemos na velha. Temos que saber usufruir o privilégio de fazer o corpo funcionar. O diabo tem atacado a muitos para que não funcionem no corpo de Cristo. Somos da Nova Aliança, com inteira liberdade de ministrar diante do nosso Deus.
4 - As Promessas (Hb 6:11-20)
É muito importante entendermos que a velha aliança relaciona as promessas como pertencentes a esta terra, são as areias do mar. É muito importante entender quais são as promessas referentes à Velha Aliança. Existem promessas de posse da terra, promessas de bênçãos por causa da obediência; e a maldição por causa da falha.
O reino milenar é outro aspecto desta promessa terrena feita a Abraão, Isaque e Jacó. Na Nova Aliança precisamos entender que somos a Igreja, a Noiva do Cordeiro, as promessas da Nova Aliança são celestiais e não presas pela gravidade terrena.
Muitos temem que ao pensar assim estejam assimilando um ideal de pobreza. A pobreza foi uma maldição extirpada na cruz. Precisamos entender as promessas da Nova Aliança como satisfazendo o ideal de Cristo e não o de satisfazer a vontade da carne e dos pensamentos. Somos ganhadores de almas, aqueles que preparam o caminho para o arrebatamento da igreja.